quarta-feira, 7 de maio de 2008

Era uma vez

Era uma vez uma menina, que era uma vendedora de topo mas o que ela queria mesmo era ser chefe, ter o seu pequeno reino /escritório e o seu grupo de empregados/escravos a trabalhar para si e a dar-lhe muito dinheirinho a ganhar sem que ela tivesse que se matar muito, isso sim parecia-lhe um negócio da China.

A menina andou, andou e tanto andou que lá encontrou uma empresa que lhe permitiu concretizar o seu sonho, ter o seu escritório. Arranjaram-se uns quantos índios para trabalhar com ela, pois sem índios não há chefes, criou-se uma nova delegação de uma grande empresa, um projecto novo e aliciante que apesar de começar do zero era esperado que desse lucros à empresa mãe.

A menina, que agora era chefe, andava radiante, finalmente tinha o seu reino, onde era soberana, e podia finalmente começar a viver o seu sonho. A recém -chefe começou a viver à sombra dos louros, que não tinha, demasiado cedo. Não tinha resultados, mas achava que já podia viver como um típico patrão tuga, tratando mal tudo e todos, sempre fora da empresa com a desculpa que estava a trabalhar, desculpas essas que não enganam ninguém e que lentamente corroem a imagem de quem quer que seja perante os seu colaboradores.

Em certas situações da vida, às vezes, é necessário ter unhas, é preciso ter unhas para conduzir um carro de velocidade, senão corremos o risco de nos estamparmos contra um muro e é necessário ter unhas para gerir pessoas. A menina não soube gerir nem motivar a sua equipa, pois, paralelamente às dificuldades inerentes à função, ela mostrou-se incapaz de apoiar o seus colaboradores e sobretudo não sobe dar o exemplo o que levou à desmotivação geral do reino.

Entretanto os resultados, requisito base para que as portas do reino da menina se mantivessem abertas, tardavam em aparecer, mas ela ignorou os alertas, interessava-lhe mais organizar os arquivos, ou arranjar um escritório numa zona mais chique do que apresentar resultados. Os arutos/administradores foram deixando palavras de aviso, que a situação não poderia continuar, que os objectivos não estavam a ser cumpridos mas a menina pensava que os administradores poderiam ser iludidos com um lindo sorriso e com justificações vãs.
A situação foi-se arrastando e como os resultados nunca apareceram os administradores fartaram-se e fecharam o adorado escritório da menina, visto que este só consumia recursos sem apresentar lucros. Neste momento o mundo da menina ruiu o que ela tanto almejou estava a escapar-se-lhe entre os dedos, ela ainda o tentou agarrar mas... Era tarde de mais, não tinha ninguém do seu lado e nem lhe eram reconhecidas competências para o cargo que ocupava. Para cúmulo do azar, veio um dragão e comeu a menina, naaah ela foi só despedida!

Pontos a reter deste adorável conto:

- É lamentável que a incompetência de uns empate a vida de outros, pois quando este escritório fechou varias pessoas foram afectadas.

- Acima de tudo, é lamentável que os administradores de empresas deste nosso país continuem a pôr os maiores asnos em cargos de chefia.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tenho a certeza que, brevemente, essa menina arranjará uma nova empresa para continuar com o seu plano. Em alternativa, arranja um marido com um carro potente.

Bitchy Lady disse...

Mariana:
A pobre menina tem mesmo que arranjar outra empresa, porque foi despedia, quanto ao marido rico, há sempre patos cheios de vontade de serem depenados!