quinta-feira, 22 de maio de 2008

These Boots Are made For Walking

Hoje trago esta música, cheia de “girl power", desta senhora, que por sinal é filha deste senhor. Por vezes, é complicado caminhar, calçando sapatos de gaja, é por isso que, nós mulheres precisamos de sapatos especiais. Não estou a falar de sabrinas ou mocassins, mas sim de botas, daquelas com “B” maiúsculo, lindas, femininas e com um salto de arrasar, que nos permitam “fazer tudo o que os homens fazem, mas de saltos”, independentemente das bolhas ou dos calhaus que se atravessem no nosso caminho, “these boots are made for walking” e é o que elas vão continuar a fazer, de cabeça erguida, sempre!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Invejas


Sou, desde ocasião do meu aniversário, proprietária de um telemóvel LG Prada, gosto muito do meu brinquedo novo, mas gosto mais ainda da pessoa que o ofereceu. Não sou pessoa de endeusar objectos e medir o meu grau de felicidade pela obtenção, ou não, dos mesmos. Adoro gadgets e coisas giras, mas não sou muito dada a invejas, vejo coisas que gostaria de ter, mas não começo a salivar, qual reflexo de Pavlov, e a imaginar como a minha vidinha seria feliz se as tivesse. Se tenho hipótese, ou seja meios financeiros, e gosto de alguma coisa compro, caso contrário não moo muito o juízo e o mundo continua a girar, como sempre. Desde que tenho o Prada, tenho um certo receio de o tirar da carteira, por um lado, com medo de o deixar cair, por outro, porque ele provoca reacções de entusiasmo, quase orgásmicas, às pessoas que me rodeiam. Aqui há tempos vi-me envolvida numa troca de palavras surreal, devido ao meu telemóvel novo, enquanto o mesmo repousava calmante ao meu lado:

Coleguinha: TU tens um PRADA?! ( O espanto, o horror, esta gaja deve andar a ganhar uma pipa de massa!)
Bitchy Lady: Sim.
C. : Compraste?! ( O espanto continua. Nah, se calhar roubou-o !)
B.L.: Não, (que tu tenhas nada a ver com isso) foi uma prenda do meu namorado.
C. : Rico namorado, sim senhora! ( O meu gajo nunca me dá nada, só umas nódoas negras de vez em quando, com o namorado desta é que eu estava bem!)
B.L.: Também acho, caso contrário não namorava com ele!
C.: Mas PORQUE é que TU tens um PRADA??!!! ( Porquê?! Que raio de pergunta, ora pergunta idiota merece resposta idiota.)
B.L.: Olha, sei lá,deve ser porque SOU BOA NA CAMA. ( Toma lá e vai buscar!)
C.: Não devias dizer isso!
B:L.: Não vejo porque não, não é mentira nenhuma!

Desde então têm surgido uma série de boquitas foleiras em como elas também gostariam de ser boas na cama para ganhar um Prada. Se elas gostavam de ser boas boas na cama isso já é problema delas, eu é que não lhes vou dar lições. No fundo, soa-me a um apelo deseperado, as meninas do Office precisam de prendinhas para se sentirem apreciadas pelos respectivos, e aceites nesta sociedade de consumo, tadinhas quando não nos podemos evidenciar pelo cérebro podemos sempre apelar ao supérfulo. Só me resta dizer: A inveja é um sentimento muito feio e… sem classe.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dez Coisas que Detesto ao Volante

Na sequência do desafio lançado pelo Viriato, também respondido pela Mariana, cá ficam as dez coisas que me tiram do sério quando conduzo:
1: Trolleys, eu sei que são mais económicos e menos poluentes… Mas são tãooo lentooos! Quase que tenho um ataque de nervos, sempre que vou atrás de um trolley e não o consigo ultrapassar, digamos que, andar a 20Km/h contraria toda a lógica de evolução da indústria automóvel.
2: Que me mexam no rádio, quem vai a conduzir sou eu e eu é que sei o que quero ouvir, por isso mãozinhas fora do botão do rádio!
3: Penduras chatos, sempre dispostos a tecer um comentário machista, ou a ensinar-me como deveria conduzir, ou então que sou um perigo na estrada e coiso e tal. Claro que os comentários são todos ditos de uma forma educativa, com o único intuito de melhorar a minha condução, a mim dá-me vontade de abandonar o pendura na berma da estrada!
4: Ficar com o depósito na reserva, fico em estado de alerta, acho que se deve a um medo subconsciente de ficar sozinha, num ermo qualquer, a meio da noite. Sim, provavelmente ando a ver televisão a mais!
5: Pneus furados e avarias mecânicas de qualquer espécie, antes que comecem com ideias machistas, eu sei como se muda um pneu, pelo menos em teoria, não tenho é força para o fazer, O.K. ? Assim sendo, ando sempre munida como os números da assistência em viagem e do ACP, quer me parecer que têm uma série de cavalheiros dispostos ajudar uma dama em apuros.
6: Lesmas do asfalto, também conhecidos como “empatas”.
7: Peões kamikaze, que esperam pacientemente que o carro fique o mais próximo possível, para se mandarem para o meio da estrada.
8: Teens com motas, mentalizem-se juventude: Já me dá muito trabalho olhar pela minha vidinha, quanto mais ter que zelar pela vossa também. Continuem a fazer ultrapassagens à parva e depois queixem-se que foi azar!
9: Polícias Municipais, um ódio de estimação recém desenvolvido. É enternecedor como essa corja de parasitas parece sempre disposta a tornar o nosso dia mais “feliz”!
10: Malta do tunning, acham-se os maiores porque pegaram num carro do “Programa Veículos em Fim de Vida”, artilharam-no com uma data de extras “giros” e ficaram com uma lata toda potente que faz tanto ou mais barulho que um tractor.
Ainda há mais umas coisitas que detesto, mas se o desafio só diz dez eu só respondo a dez, porque sou uma menina muito bem comportada.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A Brigada das Saladas

Se há coisa que me chateia é a "brigada das saladas", que tal como o caracol costumam por os corninhos ao sol mais ou menos por volta desta altura do ano, estrategicamente antes do Verão. São aquelas gajas, que durante o ano todo, comem que nem porcas e antes do verão tomam a sábia resolução de perder peso, recorrendo a tudo o que se possa imaginar, desde exercício praticado de forma insana, a dietas maradas, como a dieta 10, dieta da seiva, dieta da anorexia, entre outras.
Como estão numa de sacrifício, sentem-se envolvidas por uma aura de santidade, olhando para todas aquelas que comem açúcar ou hidratos de carbono como verdadeiras criminosas. A título explicativo cá fica um trecho de uma conversa, de final de almoço, entre aqui a je e uma coleguinha dos estaminé:

Bitchy Lady : Bem vou buscar o café e vou aproveitar e trazer uma nata porque está a apetecer-me um docinho, queres alguma coisa?

Coleguinha (já a começar a salivar): Não obrigada estou de dieta! (Bom para ti miúda!)

C. (não tirando os olhos do pastel de nata quando regresso): Não devias comer isso, sabes que isso engorda não sabes? (E eu a pensar que adelgaçava, esta jovem deve ter acesso a informações que mais ninguém tem, fantástico!)

BL: Sei, mas quando ando com a TPM tenho mesmo que comer açúcar senão ainda mato alguém.

C. : Pois, mas faz mal. ( E ela insiste!)

BL: Pois faz, mas sabe muito, mas muuuitooo bem!

Ora, vão mas é pastar! Fechem a boquinha durante o ano todo, não apenas antes do Verão, a ver se não perdem peso! Deixem a malta em paz, que ninguém tem culpa que tenham celulite no rabo! Ah, e ninguém quer saber se vocês estão gordas, se vocês andam de dieta, se voçês só comem meia bolacha integral ao almoço, se determinado creme resulta ou não, a sério: Não há pachorra para tamanha futilidade!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Era uma vez

Era uma vez uma menina, que era uma vendedora de topo mas o que ela queria mesmo era ser chefe, ter o seu pequeno reino /escritório e o seu grupo de empregados/escravos a trabalhar para si e a dar-lhe muito dinheirinho a ganhar sem que ela tivesse que se matar muito, isso sim parecia-lhe um negócio da China.

A menina andou, andou e tanto andou que lá encontrou uma empresa que lhe permitiu concretizar o seu sonho, ter o seu escritório. Arranjaram-se uns quantos índios para trabalhar com ela, pois sem índios não há chefes, criou-se uma nova delegação de uma grande empresa, um projecto novo e aliciante que apesar de começar do zero era esperado que desse lucros à empresa mãe.

A menina, que agora era chefe, andava radiante, finalmente tinha o seu reino, onde era soberana, e podia finalmente começar a viver o seu sonho. A recém -chefe começou a viver à sombra dos louros, que não tinha, demasiado cedo. Não tinha resultados, mas achava que já podia viver como um típico patrão tuga, tratando mal tudo e todos, sempre fora da empresa com a desculpa que estava a trabalhar, desculpas essas que não enganam ninguém e que lentamente corroem a imagem de quem quer que seja perante os seu colaboradores.

Em certas situações da vida, às vezes, é necessário ter unhas, é preciso ter unhas para conduzir um carro de velocidade, senão corremos o risco de nos estamparmos contra um muro e é necessário ter unhas para gerir pessoas. A menina não soube gerir nem motivar a sua equipa, pois, paralelamente às dificuldades inerentes à função, ela mostrou-se incapaz de apoiar o seus colaboradores e sobretudo não sobe dar o exemplo o que levou à desmotivação geral do reino.

Entretanto os resultados, requisito base para que as portas do reino da menina se mantivessem abertas, tardavam em aparecer, mas ela ignorou os alertas, interessava-lhe mais organizar os arquivos, ou arranjar um escritório numa zona mais chique do que apresentar resultados. Os arutos/administradores foram deixando palavras de aviso, que a situação não poderia continuar, que os objectivos não estavam a ser cumpridos mas a menina pensava que os administradores poderiam ser iludidos com um lindo sorriso e com justificações vãs.
A situação foi-se arrastando e como os resultados nunca apareceram os administradores fartaram-se e fecharam o adorado escritório da menina, visto que este só consumia recursos sem apresentar lucros. Neste momento o mundo da menina ruiu o que ela tanto almejou estava a escapar-se-lhe entre os dedos, ela ainda o tentou agarrar mas... Era tarde de mais, não tinha ninguém do seu lado e nem lhe eram reconhecidas competências para o cargo que ocupava. Para cúmulo do azar, veio um dragão e comeu a menina, naaah ela foi só despedida!

Pontos a reter deste adorável conto:

- É lamentável que a incompetência de uns empate a vida de outros, pois quando este escritório fechou varias pessoas foram afectadas.

- Acima de tudo, é lamentável que os administradores de empresas deste nosso país continuem a pôr os maiores asnos em cargos de chefia.

terça-feira, 8 de abril de 2008

É Tão Bom...

É tão bom… quando precisamos de nos concentrar porque estamos a fazer várias coisas ao mesmo tempo (eu sei que vocês homens não conseguem, mas as mulheres é assim que funcionam), e ao nosso lado temos uma gralha, num alegre monólogo, a falar do seu namorado, do cão, dos gatos, dos pais, do facto de a cor da moda ser o amarelo…

Por mais que uma pessoa se tente abstrair o barulho de fundo, a partir da segunda hora, começa a ser insuportável. Que raio de mania que as pessoas têm de se fazer ouvir por aqueles que não estão minimamente interessados naquilo que têm para dizer, por isso cá fica o meu sonoro :

CAAAAAAAAAALA-TEEEEEEE POORRAAAA!!!!!!

Dedicado a todas as gralhas, com conversas da treta, que povoam os escritórios deste nosso Portugal.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Huuuuummmm!


Acabadinha de chegar ao estaminé, deparo-me com o quadro de cortiça, o qual curiosamente fica mesmo em frente do lugar onde me costumo sentar, cheio de folhas A4, com uns rabiscos mal amanhados feitos a caneta azul e a marcador fluorescente amarelo.
Pensei: “ Bem, esta malta não devia ter nada para fazer, resolveram ser criativos e dar cabo do economato!” obviamente que a pergunta adequada seria: “Quem foi que andou a desenhar esta m…?” Ainda bem que reformulei a frase para algo mais politicamente correcto: “Desenhos interessantes, quem foi o artista?” “Ah, isso foi o filho do chefe que esteve aí ao final da tarde e fez os desenhos.” Responde-me uma das minhas colegas.

Compreendo que a malta goste muito das suas criancinhas, eu também se tivesse uma provavelmente gostaria dela, nada mais natural que assim seja, mas não é por eu achar que os desenhos do meu rebento são a coisa mais linda do mundo que obrigue toda a gente a olhar para eles! O que para uns é um desenho amoroso para outros é uma forma de poluição visual.

Não me importaria nada que o meu querido chefe forrasse o seu gabinete, de alto a baixo e o tecto inclusive, com os desenhos do seu menino e que deixasse o quadro de cortiça para os gráficos e outras coisas que efectivamente importam num contexto laboral. O mais estranho é que no gabinete do chefe não se encontra um único desenhinho do seu adorado filho, nem sequer uma foto do mesmo, por isso fiquei na dúvida se efectivamente foi o orgulho de pai babado, que levou a que os rabiscos fossem parar ao quadro, ou se esta atitude terá sido uma forma de tortura disfarçada. Que acham?