terça-feira, 8 de abril de 2008

É Tão Bom...

É tão bom… quando precisamos de nos concentrar porque estamos a fazer várias coisas ao mesmo tempo (eu sei que vocês homens não conseguem, mas as mulheres é assim que funcionam), e ao nosso lado temos uma gralha, num alegre monólogo, a falar do seu namorado, do cão, dos gatos, dos pais, do facto de a cor da moda ser o amarelo…

Por mais que uma pessoa se tente abstrair o barulho de fundo, a partir da segunda hora, começa a ser insuportável. Que raio de mania que as pessoas têm de se fazer ouvir por aqueles que não estão minimamente interessados naquilo que têm para dizer, por isso cá fica o meu sonoro :

CAAAAAAAAAALA-TEEEEEEE POORRAAAA!!!!!!

Dedicado a todas as gralhas, com conversas da treta, que povoam os escritórios deste nosso Portugal.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Huuuuummmm!


Acabadinha de chegar ao estaminé, deparo-me com o quadro de cortiça, o qual curiosamente fica mesmo em frente do lugar onde me costumo sentar, cheio de folhas A4, com uns rabiscos mal amanhados feitos a caneta azul e a marcador fluorescente amarelo.
Pensei: “ Bem, esta malta não devia ter nada para fazer, resolveram ser criativos e dar cabo do economato!” obviamente que a pergunta adequada seria: “Quem foi que andou a desenhar esta m…?” Ainda bem que reformulei a frase para algo mais politicamente correcto: “Desenhos interessantes, quem foi o artista?” “Ah, isso foi o filho do chefe que esteve aí ao final da tarde e fez os desenhos.” Responde-me uma das minhas colegas.

Compreendo que a malta goste muito das suas criancinhas, eu também se tivesse uma provavelmente gostaria dela, nada mais natural que assim seja, mas não é por eu achar que os desenhos do meu rebento são a coisa mais linda do mundo que obrigue toda a gente a olhar para eles! O que para uns é um desenho amoroso para outros é uma forma de poluição visual.

Não me importaria nada que o meu querido chefe forrasse o seu gabinete, de alto a baixo e o tecto inclusive, com os desenhos do seu menino e que deixasse o quadro de cortiça para os gráficos e outras coisas que efectivamente importam num contexto laboral. O mais estranho é que no gabinete do chefe não se encontra um único desenhinho do seu adorado filho, nem sequer uma foto do mesmo, por isso fiquei na dúvida se efectivamente foi o orgulho de pai babado, que levou a que os rabiscos fossem parar ao quadro, ou se esta atitude terá sido uma forma de tortura disfarçada. Que acham?